quarta-feira, 27 de abril de 2011

Saudade...

Saudade...
Hoje me veio uma saudade...
Destas que doem dentro agudo, quando agente respira bem fundo. Dói sem ser urgente, e é esta dorzinha que como uma pele fina, cobre o sentimento que é raro e bom de se sentir, diferindo-o dos demais, e diferindo também as demais saudades. Para lembrar que é especial, mostrar o que é essencialmente ESPECIAL.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Três ou quatro versos

Vejo o vento forte embaraçar o mato, e para minha sorte o formato do seu rosto é o que vem.
Este mesmo vento que ainda há pouco era assunto amistoso entre nós na cama quente,
Naquela hora em que nada de verdade importa nem o tempo, nem as horas.
Mas você abriu a porta pra sair, e só olhou para trás para se despedir.

Eu ainda lembro do meu medo de virar razão pra qualquer bolero de três ou quatro versos bem clichês.
E hoje é que calma que te digo que o rasgo na minha alma que você deixou ao sair, nem Chico ou Tom, nem credo, reza ou som farão diminuir.

E o nosso amor que vivia de saudade perdeu toda a intensidade contra a força de esquecer.
Calado machucado foi dormir.
Fazer o que?

(Karen Simões Corrêa)