segunda-feira, 7 de abril de 2014

E o mundo é mesmo um moínho

Pelo caminho as pegadas
o seu arraste,
Joga no mundo as coleções
Você que paga para te ouvirem
que recebe para te amarem
Conta as cifras, coleciona despedidas
As pontas soltas,
E o nó em minha garganta...
Eu viro a página?
Eu virei página.
A história já foi impressa meu bem
Nem negá-la apagará
Nem pagá-la
Já foi tatuada no tempo.
Sussurro daqui pra não te acordar.
Porque desse susto há queda.
Sobra alguém pra te aparar?

Não sei "silêncio"

Não lamento o meu “demais”
O teu silêncio foi um vazio
Que coube quase qualquer coisa

Eu sei,
correr atrás faz bem mais o meu feitio
É que primeiro tenho que rimar comigo

Tanto fez, como tanto faz
Meu grito mudo arranhar teu tímpano
Eu sempre passo a limpo meus rascunhos

Vc talvez foi um pouco mais
Que o instrumento dessa lição atroz
Que eu aprendi para não esquecer
E vou provar, mas não pra vc ver
(Em algum lugar do passado, mas a gaveta me o cuspiu de volta - Karen Simões Corrêa)