domingo, 16 de setembro de 2012

Meu canto em blues

Carinho seu
Flor de laranjeira perdida num buquê de dor
Caminho meu
Destino que finda,
meus pés na areia
onde termina cada passo

E o mar começa, invade o que penso
Nem vãs promessas, que daqui nem comento

Só que sou
Me deixa querer-te daqui do meu canto
Nem inteiro estou
Ilusão que me basta nesse meu “por enquanto”

E o que da pra ser e ver
Lugar vão comum, é tentar esquecer

Cedo meu
E eu querendo fingir que quero tentar ganhar
Certo seu
O outro lado da rua, outra mão a te dar, e amar

Sai de mim e eu nem sei se é saudade
Tão meu, que aqui nem te cabe

Carinho seu
Flor de laranjeira perdida num buquê de dor
Que eu sinto
Que eu sinto com cada pedaço meu
E sei
Assim até parece maldade
Tão meu e fim, e aqui não te cabe
Não
(Karen Simões Corrêa)

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Sol Maior

Sol maior
Menor de mim
Erro que me corta
Gota que cai,
Tristeza que não sai
Não passa a porta
Que eu deixei aberta pra me trazer de volta
Que o que eu sou agora já não quero ser

Olha só meu bem
Que bagunça aqui e que tolice
Eu não entendo
Se eu fechar os olhos
E se eu te pedir
Fica pra me ouvir que eu tento
Eu sei que tento.

Faço música como
Quem pensa que sabe o que faz.
Canto como quem
Pretende responder a si
Mas paro, calo, deixo
E você me atravessa,
Quero tanto amar que roubo seu amar pra mim.

Olha só meu bem
Tanta loucura aqui
Eu não entendo
Se eu fechar os olhos
e se eu te pedir
Fica pra me sentir que eu tento
Inteiro e lento

Sei que agora ai
Não sou a te falar
Mas do meu lado aqui
Vejo seu olhar se abrir
Vejo esse mundo girar
Vejo o resto sumir
Vejo o que não é pra mim
Vejo e quero mesmo assim

Olha só meu bem
Tanto destempero meu e que burrice
Eu não me entendo
Se eu te olhar nos olhos
E ainda assim pedir
E insistir
Fica que tento.
Ah sim eu tento
(Karen Simões Corrêa)