quarta-feira, 25 de junho de 2014

Ela e o meu lugar.

Ela fala de Marianas,
Ela se fala, Marianas
E as Marianas têm tantos outros nomes
Ela gosta dos números ímpares, de dançar só, como se os pares incomodassem
Os pares? Ou se dar?
Mas ela se dá,
Ela gosta do aplauso
Ela gosta da dor, flerta até
Ela gosta do confete.
Ela gosta da solidão, porque se dar é solidão, é perder-se em um infinito labirinto.
Rilke gostaria dela, e escreveria sobre.
Ela fala das partidas querendo chegar, ou chegadas querendo partir
Das músicas nas cifras dela, que diminutas em meus tons
Mostra a foto gêmea da canção.
A flor de nome estranho e da beleza que aplaude
Abstraio o tempo
Abstraio a distância
Abstraio o espaço, como se não houvesse.
É tanto pertencimento meu nas linhas dela, que confundo o pertencer
Sou perecível, estou de passagem
Vim só para tentar
Minha natureza extrair fios do meu coração para costurar as feridas dela.
“Preocupa não, estou de passagem, só vim pra curar”
Remédio nenhum é ministrado pra sempre
Sina de caixeiro viajante é ir-se, mas deixar-se também.
Não meu bem, eu não te virarei às costas, tratamento é processo...
Calma que o eixo volta pra você,
Nem mesmo ele, fugitivo e fugaz, resistiria tanto a ceder aos seus encantos.
Calma que você vai correr mais um pouco
E cansar
Não vou te virar as costas, mas assim que isso acabar, e a vida te voltar sentidos você vai se abrir.
E o mundo que está ávido por você, vai te tomar de assalto,
Seu brilho vai crescer, e gritar.
E você vai amar sem rasgar.
Sem cortar, sem sangrar
Vai amar amar,
Vai sorrir desafios.
Feliz ao impossível.
Eu vou aplaudir...
E como agora, te carregar em mim...

Nenhum comentário:

Postar um comentário