Ela se fala,
Marianas
E as
Marianas têm tantos outros nomes
Ela gosta
dos números ímpares, de dançar só, como se os pares incomodassem
Os pares? Ou
se dar?
Mas ela se
dá,
Ela gosta do
aplauso
Ela gosta da
dor, flerta até
Ela gosta do
confete.
Ela gosta da
solidão, porque se dar é solidão, é perder-se em um infinito labirinto.
Rilke
gostaria dela, e escreveria sobre.
Ela fala das
partidas querendo chegar, ou chegadas querendo partir
Das músicas
nas cifras dela, que diminutas em meus tons
Mostra a
foto gêmea da canção.
A flor de
nome estranho e da beleza que aplaude
Abstraio o
tempo
Abstraio a
distância
Abstraio o
espaço, como se não houvesse.
É tanto
pertencimento meu nas linhas dela, que confundo o pertencer
Sou perecível,
estou de passagem
Vim só para
tentar
Minha natureza
extrair fios do meu coração para costurar as feridas dela.
“Preocupa
não, estou de passagem, só vim pra curar”
Remédio
nenhum é ministrado pra sempre
Sina de
caixeiro viajante é ir-se, mas deixar-se também.
Não meu bem,
eu não te virarei às costas, tratamento é processo...
Calma que o
eixo volta pra você,
Nem mesmo ele,
fugitivo e fugaz, resistiria tanto a ceder aos seus encantos.
Calma que você
vai correr mais um pouco
E cansar
Não vou te
virar as costas, mas assim que isso acabar, e a vida te voltar sentidos você
vai se abrir.
E o mundo
que está ávido por você, vai te tomar de assalto,
Seu brilho
vai crescer, e gritar.
E você vai
amar sem rasgar.
Sem cortar,
sem sangrar
Vai amar
amar,
Vai sorrir
desafios.
Feliz ao
impossível.
Eu vou
aplaudir...
E como
agora, te carregar em mim...
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